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segunda-feira, 24 de março de 2014

SOCIALISMO FABIANO

Pra quem não sabe Socialismo Fabiano, em uma linguagem bem simples, é o Socialismo da Elite. Socialismo fabiano é o nome atribuído ao movimento intelectual criado pela organização britânica “Sociedade Fabiana” no fim do século XIX cujo objetivo era a busca dos ideais socialistas por meios graduais e reformistas, em contraste com os meios revolucionários propostos pelo marxismo.
Estes Socialistas Fabianos são pessoas ricas que patrocinam organizações de esquerda com o objetivo de disseminar o socialismo e ao mesmo tempo utilizar o socialistas como massa de manobra para os seus objetivos. Os esquerdistas, lógico, negam este fato, pois eles ainda não compreenderam que o Socialismo não passa de um plano totalitário de governo. É por isso que eles fazem questão de criticar os “capitalistas” em sites patrocinados com o dinheiro da Petrobrás. Como neste exemplo do Opera Mundi
opera mundiÉ importante deixar claro que não estou criticando o patrocínio da Petrobras, más somente a hipocrisia deles em criticarem tanto o capitalismo ao mesmo tempo que se beneficiam com isso.
Neste site aqui (Liberdade Econômica) eu não teria nenhum problema em receber patrocínio de empresas como a Petrobras. Por isso eu até peço que me patrocinem. Contudo a questão é a seguinte: Será que a Petrobras patrocina sites que são verdadeiramente contrários ao governo? Até onde eu teria que “controlar” o conteúdo do sitepara conseguir este tipo de patrocínio?
Todos os grandes sites e movimentos de esquerda são sempre patrocinados pelos Socialistas Fabianos que são homens e mulheres muito ricos que possuem interesses no socialismo. Para que vocês compreendam nós vamos começar pelo próprio Opera Mundi e sua lista de Parceiros.1
Se vocês forem na parte de parceiros do site verão o banner do site Publica
4
Se forem na parte de Parceiros do Publica verão a seguinte lista:parceiros
Então vamos falar sobre os principais sites e grupos citados nesta lista:
Comecemos com a Fundação Carlos Chagas
fe
A Fundação Carlos Chagas (FCC) é uma instituição que tem por finalidade a aplicação de provas nos mais variados concursos do Brasil. Foi criada em 1964, como uma instituição de direito privado, sem fins lucrativos e reconhecida como utilidade pública nos âmbitos federal, estadual e municipal.
A Fundação Carlos Chagas já realizou mais de 2.300 concursos em nome de mais de 271 instituições públicas e privadas, para um total de mais de 20 milhões de candidatos.
Citemos agora a Ford Foundation ou Fundação Ford: Visite o site oficialhttp://www.fordfoundation.org/regions/brazil3
A Fundação Ford foi fundada por Henry Ford  (Springwells, 30 de julho de 1863 — Dearborn, 7 de abril de 1947) foi um empreendedor estadunidense, fundador da Ford Motor Company e o primeiro empresário a aplicar a montagem em série de forma a produzir em massa automóveis em menos tempo e a um menor custo. A introdução de seu modelo Ford T revolucionou os transportes e a indústria dos Estados Unidos. Ford foi um inventor prolífico e registrou 161 patentes nos Estados Unidos. Como único dono da Ford Company, ele se tornou um dos homens mais ricos e conhecidos do mundo.
Veja uma lista das Organizações aqui no Brasil que possuem ligações com a Fundação Ford
org
Vamos comentar esta lista:
Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea) é uma organização não-governamental brasileira, fundada em 1989
Veja aqui uma explicação resumida do que é a Cfemea
cfemea
Podemos citar a Parceria com a Fundação Carlos Chagas  que foi citada logo acima e está na lista do site Publica.
3A mulher na foto é Ana Toni, Representante da Fundação Ford no Brasil.
A Fundação Ford Também tem parceria com o Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH)
Nilcéa Freire, diretora da Fundação Ford no Brasil e ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulher, manifestou a intenção de dar continuidade à parceria com o Núcleo de Estudos de Políticas Públicas e Direitos Humanos (NEPP-DH) da UFRJ.
Se repararem na lista das organizações poderão ver várias universidades e grupos com características esquerdistas.
Se quiser ver a declaração de doações da Fundação Ford basta entrar aqui.
Esta lista está relacionada ao Brasil. Porém, se formos listar o mundo todo, descobriremos muita coisa por trás da Fundação Ford.
Nos Parceiros do Publica podemos ver o Anonymous Brasil
anSe você acompanha o site deles poderá ver que os donos deste site são totalmente esquerdistas.
Temos também o Blog do Sakamoto, aquele gênio esquerdista.
4O interessante é que ele está na área dos “Republicadores”, ou seja, ele republica os artigos do Publica.
Carta Capital também está na jogada.
cartaOpera Mundi Claro
portalAté o Yahoo Brasil
yahooAgora vamos falar sobre outro apoiador do Publica. A Open Society Foundations. Visite o siteopenDepois que você entrar no site clique em About Us para ver quem é o responsável pela fundação.
about
Você verá que o responsável pela organização é um camarada chamado George Soros
george

Se você tiver curiosidade poderá digitar o seguinte endereço no seu navegador:  www.soros.org . Se fizer isso você verá que vai cair no site da Open Society Foundations.
George Soros (Budapeste, 12 de Agosto de 1930) é um empresário e homem de negócios húngaro-americano. Ficou famoso pelas suas atividades enquanto especulador, nomeadamente em matéria de taxas de câmbio, chegando a ganhar 1 Bilhão de dólares em um único dia apostando contra o banco da Inglaterra.
Atualmente é o Presidente da Soros Fund Management e da Open Society Institute, tendo pertencido à Administração do Council on Foreign Relations.
Nos Estados Unidos é conhecido por ter doado montantes exorbitantes para eleger o presidente Barack Obama.
Em 2012 a Revista Forbes classificou Soros como a 22° pessoa mais rica do mundo, com 20 bilhões de dólares. Veja a lista aqui.
Visite o site pessoal dele aqui.
George Soros é o dono do AVAAZ. O site de petições online. Veja o artigo completo aqui.
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A AVAAZ é uma das organizações fundadas e financiadas por George Soros, o judeu antissemita e antissionista húngaro que, dizem as más línguas, começou sua brilhante carreira de multibilionário denunciando aos nazistas pessoas da comunidade judaica de Budapest. Seu verdadeiro nome é György Schwartz. Seu pai, Tvadar Schwartz, judeu não religioso, trocou o sobrenome por Soros quando o nazismo começou a crescer na Hungria em 1930. Em 1944 quando Adolf Eichman chegou à Hungria para levar a cabo a “Solução Final”, os filhos de Tvadar foram distribuídos por famílias cristãs. György acabou na casa de um homem cujo ‘trabalho’ era confiscar propriedade dos judeus. Soros o acompanhou e também lucrou. Mais tarde, declarou que 1944 foi o melhor ano de sua vida. (ver em Soros: Republic Enemy #1).
Este dossiê acima pode ser adquirido em http://www.aim.org/soros/. Para conhecer melhor Soros leiam, no mínimo,The Hidden Soros Agenda: Drugs, Money, the Media, and Political Power, e The Dangerous Soros Agendaambos de Cliff Kincaid.
A AVAAZ é um apêndice da MoveOn.org, é conhecida por publicar propaganda anti-israelense, exigir de Israel a negociação com a organização terrorista Hamas, que sequer aceita a existência do estado judeu. No Canadá fez campanha para tirar das eleições todos os candidatos do Partido Conservador. Outra organização afiliada é aChange.org.
Investiu em terras no Brasil, Argentina e Uruguai através de sua empresa ADECOAGRO, cujas propriedades atingem 300 mil hectares e vende terras com 36% de desconto. Mais informações sobre a empresa podem ser lidas aqui. A especulação corre solta. Um exemplo é a Fazenda San Jose comprada por US$ 85,00 o ha. e vendida por US$ 1,212.00, 14 vezes mais caro.
Impossível de negar são as ligações de Fraga com o Inter-American Dialogue ao qual pertence Fernando Henrique Cardoso. Além disto, Fraga é membro do Council on Foreign Relations,
Através do Soros Fund Management LLC, George Soros vendeu 22 milhões de dólares de ações ordinárias da Petrobrás e comprou 5.8 milhões em ações preferenciais, em 2010.
A AVAAZ é dirigida no Brasil pelo petista Pedro Abramovay (assistir seu vídeo aqui).
Veja a lista de grupos que George Soros patrocina somente nos EUAgeorge
George soros também pertenceu a Council on Foreign Relations.
CFR foi fundada pela Fundação Rockefeller que foi fundada por John Davison Rockefeller que foi o fundador daStandard Oil Company, que é a maior empresa de petróleo do mundo conhecida aqui no Brasil como Esso.
Fundação Rockefeller é conhecida por sua associação com JP Morgan Chase, uma das maiores instituições bancárias do mundo.
Vários bilionários (Jeff Bezos da Amazon, Bill Gates, etc.) já doaram milhões de Dólares para as comissões pró-casamento gay. Assim como grupos ligados a George Soros, Bezos, Goldman Sachs ou JP Morgan.
Aqui vocês podem ver Mark Zuckerberg, dono do Facebook, participando da parada Gay.
1jul2013---o-site-mashable-divulgou-as-fotos-acima-que-mostram-mark-zuckerberg-diretor-executivo-do-facebook-participando-pela-primeira-vez-da-parada-gay-realizada-em-san-francisco-california-1372684618905_956x500
Vale lembrar que pessoas como George Soros e Bill Gates (Que patrocinam movimentos de Esquerda) são eugenistas e defendem a ideia de que raças inferiores devem ser eliminadas.
Como podem ver, diante de todos os fatos que foram apresentados aqui, os homens mais ricos do mundo patrocinam a esquerda mundial e estão diretamente ligados com os movimentos de esquerda do Brasil além de serem os patrocinadores de seus sites.
Agora vocês já sabem quem são os Socialistas Fabianos e quem são as pessoas que a esquerda apoia ao mesmo tempo que são apoiados por eles.

quinta-feira, 20 de março de 2014

URGENTE - Marcha da Família com Deus

CRISE DOS VALORES NA CONTEMPORANEIDADE


Prof. Marlon Adami

Muito se fala nos mais variados ambientes sociais sobre a "crise" na contemporaneidade, sempre encontrando explicações para as consequências da crise, mas pouco se atendo as causas, preferindo se adaptar à ela corroborando para uma efetivação do cenário caótico que vem se propagando mundialmente ou mais restritatamente a civilização ocidental.
Na evolução da humanidade observamos os mais diversos avanços e transformações tanto para o bem quanto para o mal, mas sempre de alguma forma rendendo lucro para alguém ou algum grupo de poder. Observamos que desde a antiguidade a "crise" sempre foi um cenário permanente que motivou a humanidade a buscar soluções e opções para tais crises nos mais variados âmbitos da sociedade, sejam elas, econômicas, políticas, religiosas, culturais e porque não dizer, uma mistura de todas elas.
A sairmos da antiguidade já estruturada de seus valores e estruturas para o tipo de sociedade que se apresentava, mas já com todo um aparato complexo de Estado para fazer valer e praticado os valores desta sociedade, observamos os movimentos migratórios, o que veio formatar um novo indíviduo e consequentemente uma nova sociedade, que podemos afirmar, fez algumas adaptações da estrutura já existente e gradualmente rompeu o antigo modelo de estrutura implementando um novo modelo arraigado a novos valores sociais. Esta nova fase denominada Idade Média, para alguns um momento de atraso da humanidade para alguns estudiosos de certas correntes teóricas são refutados por outros de outra corrente e que já demonstraram cientificamente que toda mudança de valores promovida neste período e que se balizou no teocentrismo cristão, cumpriu sua parte através de um desenvolvimento da humanidade através de preceitos vinculados a religiosidade, trazendo sim, evolução para a humanidade (https://www.youtube.com/watch?v=ng8dume3V6k).
Até então, observamos que os valores da humanidade e suas estruturas estavam efetivamente ligadas a filosofia aristotélica, "A humanidade é formada por dois grupos, os que mandam e os que obedecem", mas levando em consideração que esta máxima, nada tem a ver com escravismo mas com meritocracia para a busca do progresso e da tão utópica igualdade social.
A transição do modelo medieval para o contemporâneo, através dos 150 anos, ditos como Idade Moderna, foram um resgate da cultura e dos valores clássicos da antiguidade, inseridos e adaptados aos valores medievais, promovendo uma liberdade de pensamento e de criação de teses que pautaram e pautam a contemporaneidade.
O período modernista que encerra no marco factual da revolução francesa deixa de herança para a contemporaneidade a luta entre a liberdade capitalista e a igualdade promovida pela mentalidade revolucionária e posteriormente através do pensamento teórico de Hegel, Marx, Lenin, Trotsky, Gramsci, Escola de Frankfurt.
Durante o sec. XX, podemos observar através dos conflitos mundiais, o resultado para o ajustamento e conquista de espaços das teorias modernistas através de implementação e práticas, acrescendo ao que vem sendo exposto pela acadêmia há décadas, o aparecimento e prática efetiva do que conhecemos como "terceira via", através do movimento Nacional Socialista e que pelo seu sucesso e enfrentamento à bipolaridade intelectual e de valores, foi esmagada e demonizada, tanto pelo pensamento liberal e marxista.
Através da queda de braço durante o século XX entre o pensamento liberal e marxista, observamos e podemos afirmar que os valores judaico cristãos que regeram a humanidade ocidental durante séculos se aproximou e fortaleceu com sua visão de mundo o pensamento liberal, o que ocasionou um isolamento e falência do pensamento marxista, porém, a capacidade de mutação e de utilização de diversos fatores do "inimigo"para o socialismo, trouxe a partir dos anos 90 uma contaminação e deturpação dos valores seculares e formadores da sociedade ocidental, através da mentalidade e prática revolucionárias da esquerda, até então, dita morta e ineficaz para a humanidade.
Na então virada do século até o momento atual, presenciamos de forma um tanto passiva e inerte ao avanço do desmanche dos valores morais e éticos da sociedade, onde um processo de desmanche e de refundação não só da sociedade, mas do proprio indivíduo vem sendo praticado através de políticas de discursos humanistas e ambientais, onde de forma lenta e gradual, perpassando gerações corrompem, destrõem toda os valores para substituí-los pelos valores do projeto da sociedade ideal marxista, onde é provado a sua ineficácia e psicopatia desde o seio teorico até as mas mais elementares praticas em outros campos do conhecimento, mas objetivando a destruição dos pilares seculares da sociedade, a família e a cristandade. Só destruindo esses pilares há alguma possibilidade de concretização da absurda e psicopata teoria marxiana e de seus contemporâneos.
Exemplos práticos da quebra do paradigma de valores seculares pelo ideário doentio da esquerda em relação aos valores ocidentais:
"A natureza não é lógica". Prof. Jose Carlos Bortoloti
"O materialismo histórico dialético é o que de mais avançado e moderno temos para oferecer a sociedade". - Deputada Estadual Luciane Carminatti - PT/SC deputada e educadora?
A primeira afirmação, deixa claro que não só valores éticos e morais estão sendo desconstruidos, mas os biológicos científicos tambem, talvez seja por causa dessa maxima que observamos tantos elefantes transando com formigas, camelos se relacionando com cobras e seres humanos casando com babuínos.
A segunda afirmação, é o exemplo atual do resultado da doutrinação do pensamento revolucionário que substitui valores e teses comprovadas por uma ferramenta de transformação visando o objetivo maior e não o especifico, afinal os objetivos específicos são coadjuvantes do projeto, ferramentas para alcançar o objetivo principal de refundação do mundo ocidental.
Nosso notório filósofo do século XIX, também vem sendo utilizado para justificar e ser mal utilizado pelo pensamento materialista dialético, na sua refundação da sociedade e construção e substituição dos valores.
Em suma, nunca foi tão violento, agressivo, autoritário, desonesto e psicopata as transformações e a evolução dos valores na sociedade ocidental, onde anteriormente a lógica teocentrica, racional do liberalismo vem sendo achacada e substituida por um conjunto de valores psicopatas, doentios e insanos, através de um projeto autofágico subliminar.

Bibliografia
Freire, Paulo, Pedagogia do Oprimido
Marx, Karl, Fauerbach - Ideologia Alemã
Pierre-Joseph Proudhon - Filosofia da Miséria
Von Mises, Ludwig - Mentalidade Anticapitalista
NietzscheFriedrich - Fenomenologia da Moral
Dos Santos, Mario Ferreira - Sociologia Fundamental e Ética Fundamental

segunda-feira, 17 de março de 2014

GRAMSCISMO - O CANCER NO SEIO DO PAÍS

O italiano Antonio Gramsci, um dos fundadores do Partido ComunistaItaliano, foi o primeiro teórico marxista a compreender que a revolução na Europa Ocidental teria que se desviar muito do rumo seguido pelos bolcheviques russos. Nesse sentido, ofereceu um novo “Que Fazer” ao Ocidente desenvolvido. Aquilo que ele chamou de “sociedade civil” – rede de instituições educativas, religiosas e culturais que disseminam modos de pensar – era, na Rússia, incapaz de fornecer uma doutrinação moral e intelectual de caráter unitário, uma vez que o Estado czarista fundamentava-se na ignorância, na apatia e na repressão, e não no consentimento voluntário dos súditos. Na ausência de uma articulação complexa da “sociedade civil” em condições de absorver a insatisfação, a única defesa da velha ordem era constituída pelo aparelho do Estado, que Gramsci denomina de “sociedade política”. O conjunto difuso da “sociedade civil”, que propaga a ideologia da classe dominante, não existia na Rússia.

Segundo Gramsci, o objetivo da batalha pela mudança é conquistar, um após outro, todos os instrumentos de difusão ideológica (escolas, universidades, editoras, meios de comunicação social e sindicatos), uma vez que os principais confrontos ocorrem na esfera cultural e não nas fábricas, nas ruas ou nos quartéis.

Dessa forma, Gramsci abandonou a generalizada tese marxista de uma crise catastrófica que permitiria, como um relâmpago, uma bem sucedida intervenção de uma vanguarda revolucionária organizada. Ou seja, uma intervenção do Partido. Para ele, nem a mais severa recessão do capitalismo levaria à revolução, como não a induziria nenhuma crise econômica, a menos que, antes, tenha havido uma preparação ideológica.

Segundo a linguagem colorida de Gramsci, o proletariado precisa transformar-se em força cultural e política dirigente dentro de um sistema de alianças, antes de atrever-se a atacar o poder do Estado-burguês. E o Partido deve adaptar sua tática a esses preceitos, sem receio de parecer que não é revolucionário.

Lênin sustentava que a revolução deveria começar pela tomada do Estado para, a partir daí, transformar a sociedade. Gramsci inverteu esses termos: a revolução deveria começar pela transformação da sociedade, privando a classe dominante da direção da “sociedade civil” e, só então, atacar o poder do Estado. Sem essa prévia “revolução do espírito”, toda e qualquer vitória comunista seria efêmera.

Para tanto, Gramsci definiu a sociedade como “um complexo sistema de relações ideais e culturais” onde a batalha deveria ser travada no plano das idéias religiosas, filosóficas, científicas, artísticas, etc. Por essa razão, a caminhada ao socialismo proposta por Gramsci não passava pelos proletários de Marx e Lênin e nem pelos camponeses de Mao-Tsetung, e sim pelos intelectuais, pela classe média, pelos estudantes, pela cultura, pela educação e pelo efeito multiplicador dos meios de comunicação social, buscando, através de métodos persuasivos, sugestivos ou compulsivos, mudar a mentalidade, desvinculando-a do sistema de valores tradicionais, para implantar os valores ateus e materialistas.

O comunismo de Gramsci é a “versão ocidental” do comunismo, e ao proclamar o diálogo e aceitar o debate, próprios dos sistemas verdadeiramente democráticos, trabalha sobre todas as formas de expressão cultural, atuando sob a cobertura do pluralismo, com a contribuição de todos aqueles que por compartilhar a ideologia marxista, por snobismo, por conveniência ou por negligência, se somam voluntária ou involuntariamente a essa nova expressão do “frentismo”, chamando “fascistas” ou “retrógados” aqueles que se opõem a essa forma de pensar e atuar.

Nessa confusão de idéias, chega-se a substituir a contradição hegeliana de “burguês – proletário” (tese e antítese) pela de “fascista – anti-fascista”. O inimigo não é patrão e sim o fascista. Assim surge o mito do fascismo, que nada tem a ver com o fascismo histórico, sem dúvida questionável.

Quem quer que defenda os valores tradicionais da cultural ocidental é tachado de “fascista” e considerado genericamente como “um mal”. O grande erro dos comunistas, segundo Gramsci, foi o de crer que o Estado se reduz a um simples aparato político. Na verdade, o Estado atua não apenas com a ajuda do seu aparato político, como também por meio de uma ideologia que descansa em valores admitidos que a maioria dos membros da sociedade têm como supostos. A referida ideologia engloba a cultura, as idéias, as tradições e até o sentido comum. Em todos esses campos atua um poder no qual também se apóia o Estado: o poder cultural.

A necessidade de uma reforma intelectual e moral para lograr uma mudança de mentalidade nas sociedades ocidentais que foram constituídas por convicções, critérios, normas, crenças, pautas, segundo a concepção cristã da vida, é de suma importância para o triunfo da revolução mundial.

Porém, nesse propósito de formação de uma nova consciência proletária, o gramscismo encontra um obstáculo: a religião. De acordo com os estudos de Gramsci, a Igreja Católica, encarada como inimiga irreconciliável do comunismo, utiliza elementos fundamentais e comuns na sociedade, chegando a toda população, tanto urbana como rural. O catolicismo, segundo Gramsci, é uma doutrina geral simplificada a fim de ser entendida por todos. Analisando esse fato, Gramsci chegou à conclusão que uma das chaves da sobrevivência do catolicismo ao longo dos séculos foi o fato de que em seu seio conviveram harmonicamente humildes e elites, sentenciando que “a Igreja romana sempre foi a mais tenaz em impedir que oficialmente se formem duas religiões: a dos intelectuais e a das almas simples”.

Concluiu que é a Igreja Católica que inspira a formação desse sentido comum cristão e, por conseguinte, era preciso erradicá-lo mediante uma ação não violenta já que essa via seria repelida pelas sociedades ocidentais, onde influi e gravita o consenso e a vontade das maiorias. Gramsci afirmou que “os elementos principais do sentido comum são ministrados pelas religiões e, por isso, a relação entre o sentido comum e a religião é muito mais íntima do que a relação entre o sentido comum e os sistemas filosóficos dos intelectuais”. “Então - prossegue Gramsci – todo o movimento cultural que tenda a substituir o sentido comum e as velhas concepções do mundo deve repetir incansavelmente os próprios argumentos, variando suas ‘formas’”.

Dessa forma, as novas concepções se difundem utilizando sofismas, dando novas interpretações a fatos históricos e chegando a parafrasear o Evangelho em alguns casos, mostrando distintos “ensinamentos” de determinadas passagens bíblicas, tal como a expulsão dos mercadores do Templo de Deus, utilizando-os como argumentos para justificar a violência e fortalecer a imagem do “Cristo guerrilheiro”, criada pelos “cristãos revolucionários”.

Essas concepções, porém, não deverão ser apresentadas em formas puras, uma vez que o povo não as aceita na medida que provoquem uma mudança traumática. Para isso, devem ser apresentadas como combinações, explorando “a crise intelectual e a perda da fé na concepção que se deseja mudar”.

Por isso, diz Gramsci, não se deve enfrentar frontalmente a Igreja Católica, e sim criar os enfrentamentos em seu seio. Enfrentamentos que não sejam apresentados como provocados por causas exógenas e sim endógenas.

Acrescente-se que o marxismo de Gramsci se apresenta como uma interpretação “filosófica” distinta do marxismo conhecido. Não há filosofia e práxis; existe uma igualdade entre pensamento e ação ao ponto em que tudo é considerado ação. Em conseqüência, a “filosofia da práxis” deve ser elaborada partindo de uma equivalência entre filosofia e política, e deverá ser construída como ciência da história, posto que filosofia e história são indissociáveis. Diz Gramsci que “a filosofia da práxis supera as precedentes, por isso é original, especialmente porque abre uma via completamente nova, ou seja, renova totalmente o modo de conceber a filosofia mesma”.

Quanto ao papel dos intelectuais, ele deixa claro que a tarefa de agente da mudança na nova concepção de mundo não pode ser desenvolvida pelos intelectuais burgueses, considerados “o elo mais débil do bloco burguês”. Devem surgir “novos” intelectuais da massa do povo. Dessa forma, a tarefa a ser desenvolvida por essa “nova” elite será a de formar uma vontade coletiva e lograr a reforma moral e intelectual, agregando que uma reforma cultural que eleve os extratos submersos da sociedade não pode ocorrer sem uma prévia reforma econômica e uma mudança na sua posição social. Por isso, afirmou que “uma reforma intelectual e moral tem que ser vinculada forçosamente a um programa de reforma econômica”